segunda-feira, 7 de março de 2011

A Rede Social (nota 9)

Confesso que a primeira vez que ouvi falar sobre o filme que contaria a história do Facebook, não achei que valeria a pena sequer pagar pelo aluguél, pois não fazia a menor idéia de tudo que ocorreu por trás da criação do site revolucionário. E não é que eu estava totalmente enganado? A Rede Social é um filme tão bom quando a a história que ele conta. Não sei exatamente o quanto daquilo é real e o que foi adaptado, só sei que o enredo nos absorve totalmente num tema absolutamente atual, mas que já entrou para a história. E colocando tudo isso nas mãos do hábil diretor David Fincher (responsável pelas obras primas Seven e O Clube da Luta) tinha que resultar num filmaço.
A edição do filme está incrível. Todo o enredo nos é contato em cortes que vão e voltam no tempo, e se passam durante duas audiências legais de disputa pelo direito do site. A primeira entre o criador do Facebook, Mark Zuckerberg e seu ex parceiro e co-criador Eduardo Saverin, e a segunda entre Zuckerberg e 3 membros de Harvard que teriam proposto uma parceria pra criar um site e alegam que Zuckerberg teria roubado sua idéia. Conforme as testemunhas vão contando suas versões o filme vai se desenrolando  num trama que envolve gênios da computação, muita traição e facadas nas costas, vamos conhecendo tudo que culminou no fenômeno das redes sociais que conhecemos hoje. E por incrível que pareça, apesar de o resultado final ser muito dinheiro e o mais jovem bilionário do mundo, esta não foi a motivação inicial.
O papel de Zuckerberg foi muito bem entregue nas mãos de Jesse Eisenberg (que pode ser visto num papel mais cômico em Zumbilândia). O ator consegue dar ao papel a sua principal qualidade: a de um crápula cuzão que todos adoram odiar! E verdade, a palavra que me veio à mente imediatamente ao término do filme é essa, Zuckerberg deve ser um tremendo de um cuzão. Bilionário, mas um cuzão! O resto do elenco está muito bem. Dou destaque especial para Andrew Garfiled (o próximo Homem-Aranha) no papel de Eduardo, e tenho também que elogiar a aparição de Justin Timberlake como o baladeiro e paranóico Sean Parker, o criador do Napster.

Recomendação certeira para quem quiser ver um filmão. Na minha sincera opionião, o Oscar deste ano ficou para O Discurso do Rei, mas poderia ter sido dado para qualquer um dos indicados pois estaria em boas mãos. Melhor pra nós que temos muitas opções de ótimos filmes em meio a tantas tranqueiras que tem sido lançadas.

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